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ACNE NA IDADE ADULTA

ACNE NA IDADE ADULTA

Escrito por Camila Maccari para Zero Hora / Revista Donna

Quando o assunto é acne, a gente lembra  dos tempos de adolescência, período em que as inflamações pelo rosto eram comuns. Afinal, uma hora passa, não é? Mas e quando não passa?

A dermatologista Karla Assed explica que é normal lidar com espinhas até no máximo os 28 anos. Depois disso, o quadro passa a ser visto como específico de pele adulta e pede uma investigação mais detalhada:

– Existem várias causas que fazem com que a mulher continue ou volte a lidar com a acne depois de certa idade. Pode ser alteração hormonal, uso indevido de alguns cosméticos e até medicações como corticoides, complexos vitamínicos e reposição hormonal que acabam aumentando a testosterona no organismo – explica.

A dermatologista Juliana Fonte acrescenta que também existem os casos de quem é mais sensíveis às oscilações hormonais provocadas pela ovulação. Mesmo com níveis hormonais considerados normais, essas mulheres possuem mais sensibilidade nos receptores aos hormônios androgênicos, como é o caso da testosterona, que ficam na pele.

– Esses receptores ficam nos sebócitos, as células que produzem gordura, e nos queratinocitos, que produzem queratina, o que faz com que produzam mais gordura e queratina e, assim, favoreçam o desenvolvimento de acne. Alguns casos podem melhorar com o uso de anticoncepcional. Outros têm que fazer um tratamento mais global com o dermatologista.

Além disso, ela explica que nossos hábitos também influenciam: estresse, tabagismo, obesidade, exposição à radiação ultravioleta, dieta com alimentos de alta carga glicêmica, como farinhas brancas também contribuem para o quadro. E se tudo isso vai bem e mesmo assim você ainda tem que lidar com as espinhas, vale reparar no fator genético.

– Pode, sim, ser hereditário: existem estudos que mostram que quem tem parentes que tiveram acne na idade adulta tem cerca de três vezes mais chance de desenvolver o problema do que a população em geral – explica Juliana.

As dermatologistas concordam que identificar o fator é o primeiro passo para encontrar um tratamento adequado.

– Nos casos de acne moderada, o indicado pode ser apenas de uso tópico, como os cremes retinóides e o peróxido de benzoíla, por exemplo. Já em quem tem acne severa, vale combinar o uso tópico aos antibióticos, terapia hormonal, entre outros. Por isso é importante, antes de tudo, identificar o fator – explica Karla.

Enquanto isso, existem alguns cuidados que você pode ter para cuidar da pele:

Evite produtos oleosos

Quem tem pele oleosa ou acneica, deve usar cremes e maquiagens específicos, que não aumentem ainda mais a produção de sebo:

– Essa gordura serve de alimento para a bactéria Propionibacterium acnes, que tende a se proliferar mais e favorecer uma resposta inflamatória da pele como reação a presença exagerada desses microrganismos – explica Juliana.

Ela lembra que essa bactéria está normalmente presente em nossa pele, mas que a reação também é individualizada: tem que, por questão de imunidade, reage mais às bactérias.

Mantenha o rosto limpo

Mesmo dando preferência a produtos para pele oleosa e acneica, nunca pule o ritual de limpeza de pele antes de ir para a cama.

– Não remover a maquiagem à noite antes de dormir favorece a obstrução dos poros pelos resíduos de maquiagem associados a impurezas próprias da pele, poeira e poluição. Essa obstrução aumenta a chance de ocorrer uma inflamação na pele e o surgimento de acne.

A rotina de limpeza ainda inclui lavar o rosto com sabonete adequado pelo menos duas vezes ao dia - manhã e noite e o uso de tônico ou soluções específicas para o controle da oleosidade.

Invista em procedimentos

E, além da inconveniência de lidar com as espinhas quando é quase senso geral que elas não deveriam mais estar por aí, elas ainda podem deixar algumas marcas permanentes na pele - daquelas que você preferia não.

– Por serem lesões predominantemente inflamatórias, sobretudo pápulas e pústulas, elas tendem a evoluir mais frequentemente com quadros de cicatriz e/ou hipercromias, por exemplo – afirma Juliana.

Karla Assed explica que existem procedimentos que podem ser feitos em consultórios e ajudar a acabar com as manchas e diminuir as cicatrize.

– Para quem lida com o quadro a um tempo já, é importante saber que, quando antes começar, maiores as chances de evitar aquelas cicatrizes.

Entre os tratamentos disponíveis no consultório da dermatologista, Juliana destaca o peeling e a luz pulsada:

- Ajudam a secar as lesões ativas, clarear manchas, amenizar as cicatrizes e diminuir os poros dilatados. Quem tem cicatrizes deprimidas, aquelas que deixam buraquinhos na pele, pode apostar no preenchimento com ácido hialurônico, por exemplo, para corrigir as depressões.

Fonte: https://gauchazh.clicrbs.com.br/donna/beleza/noticia/2019/05/acne-na-idade-adulta-entenda-as-causas-e-saiba-como-tratar-cjvwpb6r5067101ma9b4upw6s.html

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*Dra Juliana Fonte é uma médica especializada em dermatologia, área de conhecimento que se concentra no diagnóstico, prevenção e tratamento de doenças e afecções relacionadas à pele, pelos, mucosas, cabelo e unhas. Ela é também especializada na atuação em procedimentos médicos estéticos e cirúrgicos na área da dermatologia.

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