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DERMATITE ATÓPICA TEM CURA?

Mais de 2 milhões de pessoas no Brasil sofrem todo ano com a dermatite atópica, que, geralmente, aparece nos primeiros anos de vida e pode perdurar até a fase adulta. Além da genética, alguns fatores externos podem contribuir para o aparecimento das lesões na pele. É uma doença inflamatória e cuidados de prevenção são o melhor meio de diminuir as crises.

A dermatite atópica, ou eczema atópico, é uma inflamação cutânea que possui influências genéticas e imunológicas associadas à tendência de manifestações alérgicas. Nessa patologia, há uma resposta exagerada de Imunoglobina E(IgE), um anticorpo encontrado no sangue. Além disso, também estão aumentados os índices de alérgenos - substâncias que podem causar reações de hipersensibilidade.

PRINCIPAIS SINTOMAS:

  • Prurido (incômodo que leva a pessoa a se coçar);
  • Ressecamento da pele;
  • Manchas brancas;
  • Exagero das linhas palmares;
  • Aspereza da pele.

O principal sintoma da dermatite atópica é a coceira, que pode começar antes mesmo das lesões cutâneas se manifestarem. Na infância as lesões são avermelhadas e descamativas. Podem atingir a face, tronco e membros. Com o ato de coçar, tornam-se escoriadas e podem sofrer infecção secundária.

Nos adolescentes e adultos, as lesões localizam-se preferencialmente nas áreas de dobras da pele, como a região posterior dos joelhos, pescoço e dobras dos braços. A pele destes locais torna-se mais grossa, áspera e escurecida. Usualmente localizada nestas áreas, a dermatite atópica pode se generalizar, atingindo grandes áreas corporais.

Passada a infância, pode ocorrer o desaparecimento total das lesões mas, geralmente, a doença tem curso crônico (longa duração), apresentando períodos de melhora e de piora. É comum a dermatite atópica estar associada a outras formas de apresentação da atopia (asma ou rinite).

Outra característica da pele do atópico é a sua tendência maior ao ressecamento que, por si só, pode dar origem à sensação de coceira e descamação. O estresse emocional pode desencadear períodos de piora e não deve ser menosprezado.

DERMATITE ATÓPICA TEM CURA?

Assim como a maior parte das doenças alérgicas, a dermatite atópica também não tem cura, mas pode ser controlada com o uso de medicamentos para diminuir a coceira e a irritação local.

Por não ter cura, sempre que o indivíduo entra em contato com seu agente causador, a dermatite atópica pode se manifestar. É necessário então preservar a barreira da pele, evitando contato com substâncias alergênicas e irritantes, além de alérgenos ambientais. Sem o cuidado adequado, o ciclo vicioso do prurido se instala, levando a deterioração progressiva da barreira cutânea, aumentando a frequência e intensidade dos efeitos nocivos. Por isso, o tratamento da dermatite atópica é individualizado, mas prevenir a pele do contato com substâncias que podem causar alergia é o mais indicado.

CONFIRA ALGUNS EXEMPLOS:

Substâncias Alergênicas
  • Ácaros, pólen, poeira;
  • Germes, fungos e bactérias;
  • Pelos de animais;
  • Alimentação (ovos, amendoins, nozes, soja, leite de vaca, frutos do mar…).
Substâncias Irritantes
  • Sabonetes antibacterianos;
  • Detergentes e de sabão de lavar a roupa muito concentrado;
  • Tabaco;
  • Tecidos (lã, sintéticos...);
  • Banhos de mar ou piscina;
  • Banhos muito quentes;
  • Excessos de banho.
Alérgenos Ambientais
  • Estresse emocional;
  • Poluição;
  • Calor, suor e ar muito seco;
  • Mudanças de temperatura ambiente.

TRATAMENTOS PARA CRISE:

O tratamento para a dermatite atópica consiste em manter a pele devidamente hidratada, aplicando-se bons hidratantes e óleos após os banhos. Os sintomas da dermatite devem desaparecer progressivamente a partir do 2º dia de tratamento. Caso os sintomas se agravem ou não haja uma melhora esperada em até 7 dia, deve ser iniciado o tratamento da crise de dermatite atópica com o uso de anti-histamínicos orais, cremes à base de corticosteroides e, em alguns casos, antibióticos tópicos ou orais. Recomenda-se, ainda, beber bastante líquidos e manter a pele bem hidratada (usar hidratantes diariamente), além de evitar os agentes desencadeadores da dermatite.

Consulte seu dermatologista para um diagnóstico preciso e indicação do melhor tratamento para o seu caso.

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*Dra Juliana Fonte é uma médica especializada em dermatologia, área de conhecimento que se concentra no diagnóstico, prevenção e tratamento de doenças e afecções relacionadas à pele, pelos, mucosas, cabelo e unhas. Ela é também especializada na atuação em procedimentos médicos estéticos e cirúrgicos na área da dermatologia.

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